terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Trabalhos em Campolide antes dos 18 anos

Este ano resolvi dedicar, no meu blog, as famílias e acontecimentos que não saem da minha memória, referentes a Campolide, pequena localidade às margens do Rio das Mortes, no Campo das Vertentes. 
Na verdade, nunca definiram se era um bairro, um distrito, comunidade. Para nós era tudo. Algumas pessoas diziam "Araial".
Entao, esse Arraial era dependente de Barbacena em tudo. Apesar de pertencer ao município de Antônio Carlos, o acesso a Barbacena era muito mais fácil e mais rápido. Até os 18 anos éramos obrigados a trabalhar na lavoura, serventes de pedreiros, uma vez que não havia outra opção. Os poucos comércios absorviam os próprios familiares. Mas tínhamos que trabalhar. Eu, por exemplo comecei aos 13, mas meus irmãos começaram com 11 e 12 anos. 
Aí que bate a saudade. Eu não sinto saudade dos quartéis por onde passei, dos outros trabalhos, mas sinto uma tremenda saudade quando passo chego em Campolide e vejo a horta da familia  do Zizo Puiati onde trabalhei tres anos. Ganhávamos pouquinho mas dava para ajudar em casa e ainda ir ao Andaraí dançar no domingo, de 20:00 a 22:40(por causa do ônibus de volta e limite dos pais) e eu não reclamava. Grande Aloisio, Elvécio, Chico e Sr Zizo. Tempo bom! Meu sonho de consumo era trabalhar de trocador no ônibus da Viação Andréa, da família. Trabalhar limpinho...Depois, um pouquinho mais velho, um ano antes de servir ao Exército, um sonho era realizado: trabalhar para a família Zille, na plantação de rosas. Era uma empresa consolidada, e, guardadas as proporções, ser chamado para trabalhar lá era como ser  convocado para a Seleção Brasileira. Era perto de casa e trabalhavam muitos amigos. O ambiente também por ser tão bom é que se tornou inesquecíveis. Perdi a conta de quantos pais  criaram seus filhos e educaram trabalhando com eles. Todos, sem exceção, da família, mais que patrões, eram amigos, mas não tem como não destacar o Senhor Alberto Pai, o José Zille, o Hélio e Elizabete, esta que faleceu de forma trágica, por uma bombinha colocada debaixo de uma lata que soltou a tampa e lhe cortou o pescoço. Ela parecia um anjo de tão boa. 
Era um trabalho pesado e não era proibido para nós menores. O horário de almoço era pequeno e o de café menos ainda, mas chegávamos mais cedo para bater bola em frente ao Porão, eu, Mundinho meu irmão, João, Alanir, Valtinho(falecido), Itamar(falecido) e outros. E não tem como não esquecer daquele cachorro fila, Voltã, que de vez enquando surtava e nos "escoltava" correndo até o mata-burro de acesso à propriedade. 




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