
Recém promovido a Tenente da Polícia Militar, trabalhando em Pouso Alegre, no Sul de Minas, numa bela manha de uma segunda-feira, fria de junho, meu comandante me cumprimentou de forma diferente, perguntando-me se eu estava "extremamente feliz". Entendi que ele estava querendo dizer de forma sutil que tinha decidido mandar-me para Extrema. Que fica na divisa de Minas Gerais com São Paulo. O frio passou a doer mais ainda naquela hora. Não me restando nada a dizer nem argumentar, como bom Militar, só perguntei quando eu deveria me apresentar na Cidade.
No outro dia, lá estava eu com a família em uma cidade da qual eu nunca tinha ouvido falar. Recém casado. Sem filhos. Tive vontade de pedir para sair da corporação e tentar outra profissão.
Hoje, 20 ano depois, já na minha cidade de origem, Barbacena, conto nos dedos os dias para visitar meus amigos, mormente o casal Djalma e Simone e o Dito e Cida, a Luciana e os policiais que ainda estão na ativa e da reserva que se citar os nomes vou ser injusto.
Só sei que Extrema hoje é minha segunda cidade.
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