Filhos especiais ou pais especiais?

Para minimizar o sofrimento dos pais ou dos amigos e parentes de pessoas com necessidades especiais ou até mesmo uma vez que essas pessoas, na maioria dos casos nem tem consciência do que são chamados ou como são tratados, adotou-se o nome de "Especiais". Minha mulher, após várias perdas de filhos, ainda no ventre, soube pela medicina, que não poderia nunca ter filhos, e que se insistíssimos a probabilidade, caso conseguíssemos levar uma gravidez até o final, seria de 99,9 por cento de ele nascer excepcional ou especial. Como Deus é sempre maior que tudo, geramos uma filha. Mas como nossa fé estava longe de ser do tamanho da mostarda, assimilamos a idéia de ter um filho ou filho excepcional. Fomos nos acostumando com a idéia. Quando nossa filha nasceu, ficamos procuramos defeito nela e, hoje com oito anos, nao encontramos. Giovana goza de saúde plena. Agora, depois de tantos anos, podemos dizer que não tivemos um filho que necessidades especiais porque não somos dignos de tê-lo assim. Especiais, com certeza são pais dessas crianças, adolescentes e adultos que Deus escolheu para cuidar desses filhos não diferentes do que chamamos normais, mas especiais no sentido de escolhidos. Ouvi um pai dizer que preferia ter seu filho doente do seu lado o tempo todo a vê-lo na situação que se encontra hoje, ou seja, nas veredas do crimes para sustentar o vício da droga entorpecente. Pensei nesses pais que, embora sofram tentando fazer comparações com outras pessoas fora da família ou até entre os próprios filhos, não fazem idéia do quanto são importantes para Deus. Por terem filhos especias, esses pais são realmente os PAIS ESPECIAIS.