Estados Unidos mantêm ordem de prisão contra Maluf
Nome do ex-prefeito consta na lista dos mais procurados pela Interpol. A Suprema Corte de Nova York rejeitou processo de anulação
O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, é condenado pela Suprema Corte de Nova York (Filipe Araujo)
O ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PP/SP), sofreu novo revés, desta vez na Suprema Corte de Nova York (EUA). O órgão rejeitou, no dia 15 de abril, outro pedido do deputado brasileiro para anular o processo que pede sua prisão e a de um de seus filhos, o empresário Flávio Maluf. Na ação, a promotoria norte-americana acusa pai e filho de manter 11 milhões de dólares (o equivalente a 24 milhões e meio de reais) em uma conta bancária em Nova York. Esse dinheiro teria sido desviado dos cofres públicos da prefeitura de São Paulo.
O montante pode ter sido subtraído por Maluf quando ele foi prefeito da capital paulista entre os anos de 1993 e 1996. O dinheiro depositado nos Estados Unidos, segundo a acusação na Suprema Corte, seria apenas uma parte de montante relativo a fraudes em obras viárias de grande porte contratadas em sua gestão. A principal obra citada como rota do escoamento de divisas foi a construção da Avenida Água Espraiada, na Zona Sul da cidade. Ele e o filho ainda podem recorrer da decisão.
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Sempre que questionado sobre as acusações do Ministério Público, Maluf reitera que “não tem e nunca teve dinheiro no exterior”.
A ação da Promotoria de Nova York provocou uma grave consequência para Maluf – seu nome foi inserido na lista de mais procurados da Interpol, organismo que aloja as polícias de quase 200 países. Com a inclusão de seu nome na lista da Interpol, se sair do país, Maluf pode ser preso em qualquer aeroporto.
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