sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Barbacenense ausente. Saudades de Barbacena? De que?

            Toda cidade tem seus moradores ausentes e saudosos que, por um motivo ou outro, tiveram que deixar partir para outros lugares, até mesmo fora do país. Alguns vão para ficar um período curto, para estudar, fazer um estágio, fazer um visita mais duradoura a algum parente e outros vão para nunca mais voltar. Essa saudade, tanto para quem fica pouco tempo fora quanto para quem não voltará mais, é doída.
            Do nada e em horários diversos, sempre chega a lembrança de algum fato, alguma pessoa, alguma situação que nos faz dizer aquela famosa frase "Tempo bom não volta mais"!
            Barbacena, minha cidade querida, conhecida carinhosamente por Cidade das rosas - tentaram emplacar "cidade dos loucos" mas não conseguiram. Ficou mesmo nossa BQ (Barbacena Querida), Cidade das Rosas que, curiosamente, não produz rosas. As cidades vizinhas é que produzem as rosas, mormente, Alfredo Vasconcelos. Se bem que Vasconcelos foi distrito de Barbacena.
            Para os que estão fora, principalmente, quem não se lembra do SOVONS?  da ESCOLA SETE DE SETEMBRO?  Que acolhia as pessoas que não tinham condições de estudar durante o dia, pois trabalhavam. A escola era tão boa que acabou atraindo pessoas poder aquisitivo maior. Conheci várias pessoas e que se davam bem conosco. Qual jovem na década de 70 e 80 não fez curso de datilografia com a DONA ISABEL? Aquelas máquinas da Remington, duras. Como era bom quando terminávamos o curso, "datilografando", sem olhar, dezenas de palavras e frases por minuto.
            Algumas curiosidades, as pessoas inventam para florear, mas um aproximando-se um pouco da verdade. Por exemplo que das duas famílias rivais e tradicionais  na política, BIAS FORTES e ANDRADAS, a primeira tem seu solar na  Praça dos Andradas e a segunda na Avenida Bias Fortes. Se é verdade, nunca parei para investigar, a verdade única é que, na minha opinião essas duas famílias são as culpadas por termos que sair da cidade para procurar emprego e até hoje ver nossos filhos fazendo o mesmo. Para quem não é daqui, só temos uma Unidade das Forças Armadas - EPCaR -, Uma Unidade da Polícia Militar, Uma companhia siderúrgica de médio porte, uma exportadora de frangos. Essas empresas e entidades não absorvem todos os trabalhadores da cidade. Esta é a parte triste que não gostamos de lembrar nem pensar, uma vez que nossos netos ainda vão passar por isso, já que não se vislumbra nenhum cenário diferente.
            Temos duas rádios AM. Uma dos Andradas, outra dos Bias Fortes. Duas rádios FM. Uma dos Andradas e outra dos Bias Fortes. Aqui, de quatro em quatro anos dissemos: Quando saírem os Andradas e entrarem os Bias Fortes, ai melhorar, mas entra ano, sai ano, nem o ciclano é pior que o fulano. Entrar um terceiro nem adianta. Até tentaram mas acabam indo para um lado ou para o outro.
            Voltando a falar da rádio, que saudade da RB com seus programas que marcaram. Não me esqueço do Barbosa, Armando Santiago, Adalto Machado, Mauro Filho. E, para não falar que sou de um partido político, tenho saudades dos programas da Correio da Serra, Pedro Amaral, com o Shou da Tarde, Nelson Silva - este um artista -. Quem não se lembra do Soldado Valério que fazia o programa policial nas duas emissoras, um dos líderes de audiência, à época.
            Muitas saudades, muitas saudades do frio do Jubileu de São José, as Exposições agropecuárias e Festas das Rosas com atrações de peso.
           Saudade dos grupo de jovens que faziam uma verdadeira festa quando se encontravam.
           Pra quem está fora, lembra da Tabacaria Minas Gerais? Até hoje é aquele mesmo cheiro gostoso quando se entra lá. A Papelaria Bernadete, as Pastelanche, o chocolate quente no Apolo. A gente vai divagando e acaba até fazendo propaganda para o comércio, mas não tem como não falar. Alguns não existem mais. Só nos nossos corações. Para alguns mais antigos ainda, houve um tempo em que aqui havia quatro  times fortes de futebol. Vila, Olimpic, Andarai  e América. Agora só existem tres estádios, usados para pelas dos cinquentões ou escolinha de futebol...quem sabe esses meninos tragam de volta o futebol para nós?
           Estou escrevendo minutos que antecedem a "Hora do Ângelus" que aqui era anunciado todos os dias na RB pelo Saudoso Beraldo Rigotti. Desse momento é o que eu mais senti saudade quando estiver fora por mais de vinte anos. E é nesse momento que eu peço a Deus para os que estão fora. Que voltem um dia e encontrem aqui melhor do que deixaram e possam contribuir para o progresso em nossa cidade, para que tenhamos que sair daqui só para visitar parentes, ir a Guarapari, Cabo Frio ou ao Maracanã ver o Flamengo Jogar. Que tenhamos Universidade Federal, outras universidades, grandes indústrias. Afinal nosso povo merece.
           
           

           

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