quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Saudade do Circo...Irmãos Simões, Joana Darc, Real Sudã e outros. Campolide.


                Como seria bom se o homem descobrisse uma forma de podermos expressar o que realmente sentimos e que outras pessoas sentissem, na íntegra, o que queremos dizer. Hoje eu queria falar da minha saudade do Circo. Como era bom quando tomávamos conhecimento de que um circo acabara de chegar na localidade onde morávamos. Eu nasci e vivi nessa localidade, chamada Campolide, na época com cerca de mil habitantes, sendo a maior parte numa área central conhecida por patrimônio. Assim, a chegada do circo era motivo para o reencontro de todas as pessoas que não se viam há tempos.
Lembro-me de todos os Circos que passaram por lá, e os que mais marcaram Joana Darc, Irmãos Simões e Real Sudã. 

                                     Quando chegava o circo - maravilha quando éramos os primeiros a descobrir a chegada - logo dávamos um jeito, os irmãos e vizinhos, de fazer amizade com as crianças, cujos nomes, alguns ainda estão na memória. Difícil era conseguir que nossas casas fossem as que forneceriam água para atender às demandas do grupo. Todo mundo queria ajudar, nem tanto para receber ingressos de graça, porque isso nós conseguíamos, andando atrás do palhaço em suas longas pernas-de- pau, respondendo suas perguntas quase que cantando, pelas ruas "hoje tem espetáculo? Tem sim Senhor! Hoje tem forrobodó? Tem sim senhor". Aí nossas testas eram marcadas com uma tinta diferente para mostrar que "fazíamos parte do grupo". E poderíamos entrar para assistir o espetáculo naquele dia.
                                     Tempo bom!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
                                     O pior era só quando tentávamos improvisar trapézios e fazer algumas travessuras que os palhaços faziam...essa parte vou pular...
                                     Ficavam cerca de trinta dias no local. Maravilha quando alguma das crianças para nossa escola, para nossa sala de aula. Logo estavam frequentando nossas casas. 
                                     Se essa alegria dá-nos um desespero por não poder expressá-la, como dizer da tristeza quando víamos o último, às vezes o último caminhão saindo no nosso campo de visão, indo para nunca mais voltar. Por onde andam? O que fazem? Onde estão aquelas crianças nossas amigas que sempre serão crianças?   
                                     Hoje, quando chega algum circo no meio bairro, minha filha Govana é quem me dá a notícia, mesmo que eu saiba primeiro deixo que ela fale. Deixo que ela passe por toda essa felicidade, porque sei que ela vai fazer o mesmo com os seus filhos e netos e o Circo nunca vai deixar ser o mesmo, ainda que traga toda a tecnologia que o mundo lhe oferecer. Ainda que não precise mais de água de nossas casas. Ainda que o anúncio hoje seja pelo Facebook, Twitter, Televisão, rádio FM. O espírito será sempre o mesmo e por isso acredito que a alegria também será de quem puder ir assistir ao espetáculo. 
                                    Rogo a Deus por todos esses artistas, todas essas famílias, que de certa forma vivem outro mundo para alegrar o nosso. Eu adoraria poder rever pelo menos uma pessoa dessas que estiveram na minha terra natal. Campolide, MG.

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